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A Apple prometeu que 2025 seria o ano em que o iPhone “básico” finalmente receberia o tratamento que merece. Depois de anos ouvindo críticas sobre telas de 60Hz e recursos limitados nos modelos de entrada, a empresa de Cupertino decidiu acelerar o passo. Mas será que o iPhone 17 realmente cumpriu essa promessa, ou continuamos com mais do mesmo?
A resposta não é simples. Enquanto alguns aspectos do novo iPhone impressionaram até os críticos mais céticos, outros pontos deixaram analistas se perguntando se a Apple ainda está alguns passos atrás da concorrência. Agregamos neste artigo a opinião sobre diversos veículos que tiveram contato com o aparelho para trazer um panorama sobre o que eles consideraram como um acerto do novo aparelho e também os tropeços. Vamos conferir!
iPhone 17
Tela | 6,3″ LTPO OLED, 1–120 Hz ProMotion, Always-On, 3000 nits pico |
Processador | Apple A19 (3 nm) |
Memória RAM | 8 GB LPDDR5X |
Armazenamento | 256 GB / 512 GB NVMe |
Câmeras Traseiras | Principal: 48 MP (f/1.6, OIS, PDAF) – Ultrawide: 48 MP (f/2.2, PDAF, macro) |
Câmera Frontal | 18 MP (f/1.9, PDAF, OIS, Center Stage) |
Vídeo | 4K @ 60 fps em todas as câmeras, estabilização sempre ativa |
Bateria | 3 692 mAh; até 30 h de reprodução de vídeo; carregamento rápido 40 W |
Conectividade | 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 6, NFC, UWB, USB-C 2.0 |
Sistema Operacional | iOS 26 |
Proteção | Ceramic Shield 2; alumínio e vidro; IP68 |
Dimensões e Peso | 149,6 × 71,5 × 8 mm; 177 g |
Tela: avanço tardio com ressalvas
O que melhorou:
O iPhone 17 finalmente incorporou a tecnologia ProMotion de 120Hz, presente nos modelos Pro desde 2021. A tela cresceu para 6.3 polegadas, ganhou brilho máximo de 3.000 nits e, pela primeira vez no modelo básico, inclui display always-on. Marques Brownlee destacou que agora podemos “finalmente dizer adeus ao iPhone de US$ 800 com 60Hz” e elogiou a tela como tendo “qualidade flagship finalmente”
O que não convenceu
Analistas da PhoneArena destacaram que “o revestimento antirreflexo não chega ao nível do Galaxy S25 Ultra”, e apesar do pico de brilho em laboratório ter saltado de 2.015 nits no iPhone 16 para 2.672 nits no iPhone 17, com melhora na precisão de cores (Delta E de 2,16 para 1,85), essa variação pode divergir entre unidades.
Câmeras: melhorias pontuais, limitações evidentes
O que melhorou:
A seção de câmeras do iPhone 17 traz avanços notáveis. A câmera frontal Center Stage de 18 MP, elogiada por Marques Brownlee por “enquadrar com precisão, alternando instantaneamente entre retrato e paisagem” graças ao novo sistema de estabilização de vídeo, promete maior versatilidade em videoconferências e vlogs
No módulo traseiro, o sensor ultrawide saltou de 12 MP para 48 MP, igualando-se ao das versões Pro e gerando imagens de 24 MP por meio do pipeline multi-aspecto do iOS 26, o que rendeu ao aparelho 150 pontos no PhoneArena Camera Score, contra 149 do iPhone 16. Durante testes diurnos, o GSMArena destacou o “equilíbrio entre detalhamento e naturalidade” das fotos, e medidas laboratoriais de Delta E mostraram aprimoramento na precisão de cores, de 2,16 para 1,85.
O Xataka aponta que o ganho de detalhe em uso padrão é “menos significativo do que o esperado” e só se destaca verdadeiramente em macro, onde o foco automático capta texturas com “excelente nitidez” sem ação manual.
No quesito vídeo, o iPhone 17 segue como referência, gravando em 4K a 60 fps com estabilização sempre ativa e mantendo “detalhe impressionante e equilíbrio de cores” mesmo com zoom 2×, enquanto o ultrawide exibe cores um pouco mais saturadas, o que pode agradar ou desagradar conforme preferência,
O que não convenceu:
Algumas limitações persistem. Como não há lente teleobjetiva dedicada, o iPhone 17 recorre ao crop digital para zoom, e, segundo o Tom’s Guide, “no nível de 10× os detalhes ficam mais suaves comparado ao Pixel 10, que utiliza telefoto óptico”.
O PhoneArena também apontou que a oversaturação em selfies pode tornar “os tons de pele quase cômicos” sob luz intensa, e a Macworld observou que, em ambientes noturnos, o conjunto principal “exibe ruído perceptível e foco inconsistente, decepcionando para um sensor de 48 MP.
Já o alcance dinâmico da câmera principal volta a ser observado como ponto fraco: cenas de alto contraste podem apresentar “sombras levemente comprimidas e luzes muito estouradas”.
Performance: poder bruto com limitações práticas
O que melhorou:
O iPhone 17 estreia o chip A19, que oferece cerca de 40% de ganho no desempenho gráfico em relação ao A18 e supera o iPhone 16 Pro Max em CPU e GPU, bem como toda a linha iPhone 15 em benchmarks. No Geekbench 6, o A19 alcança 3 653 pontos em single-core e 9 225 em multi-core, garantindo fluidez em apps exigentes. A CNN destacou que editar vídeos no Final Cut ficou “fluido como em um MacBook Pro”, sem quedas de quadros perceptíveis. O HWBlog constatou ainda que, em uso intenso de jogos e testes 3D, o A19 mantém desempenho estável nos primeiros 10 minutos, sem oscilações significativas
O que decepcionou:
O NotebookCheck criticou a adoção de USB-C limitado ao padrão 2.0, a ausência de codecs Bluetooth avançados como aptX Adaptive e o funcionamento instável do Wi-Fi 7 em alguns roteadores, prejudicando transferências de arquivos grandes e conexões simultâneas.
Em testes de estresse do HWBlog, o chip atingiu até 85 °C após 15 minutos no 3DMark Wild Life, acionando throttling que reduz o desempenho a cerca de 75% do pico inicial, o que compromete sessões de jogo mais longas. Por fim, embora o armazenamento NVMe alcance 2 600 MB/s em leitura sequencial, a escrita cai para cerca de 1 200 MB/s, tornando mais lentas as transferências via USB-C 2.0.
Os 8 GB de RAM do modelo básico, embora suficientes no curto prazo, ficam atrás dos 12 GB dos modelos Pro, o que pode afetar a fluidez em futuras atualizações de software
Bateria: ponto alto quase unânime
O que melhorou:
A Apple prometeu até 30 horas de reprodução de vídeo no iPhone 17, ante 22 horas no iPhone 16, e os testes práticos confirmam ganhos expressivos. A CNET registrou 19 horas em reprodução contínua de vídeo em 4K, igualando a performance dos modelos Pro e superando tanto o iPhone Air quanto o 16 Pro Max em um teste de resistência que incluiu streaming, chamadas de vídeo e jogos leves.
A MacRumors apontou “melhoria de mais de 6 horas” no tempo de tela ligada, com 12 h 47 min, ou seja, 34 min a mais que o iPhone 16.Eles também mediram 1 053 minutos de uso intenso (aproximadamente 17,5 horas), contra 880 minutos do iPhone Air, reforçando o avanço em autonomia.
Marques Brownlee confirmou a boa gestão de energia, relatando cerca de 5 horas de tela ligada em uso misto e elogiando o carregamento rápido, que alcançou metade da carga em menos de 25 minutos
O que não convenceu:
Apesar dos resultados, a CNET observou que o modo de economia de energia automática mal entrou em ação após mais de uma semana de uso típico, deixando em dúvida seu impacto real no dia a dia. Além disso, em cenários de uso misto, a melhora em relação ao iPhone 16 ficou abaixo de 10% em alguns testes, indicando que a evolução, embora consistente, é incremental.
Por fim, o carregamento rápido de 40 W, mesmo reduzindo pela metade o tempo para chegar a 50% de carga, ainda perde para concorrentes como o Xiaomi 15 (90 W), mantendo o carregamento ágil, mas sem revolucionar o padrão atual.
Apple Intelligence: o ponto fraco mais criticado
O que melhorou:
O iPhone 17 base recebeu todas as ferramentas de Apple Intelligence, incluindo sugestões contextuais de escrita direto no teclado, transcrição de áudios em texto e integração de modelo local no Siri para respostas mais detalhadas. O Xataka destacou que o recurso de correção automática ficou “mais assertivo” e elogiou a possibilidade de usar comandos de voz para formatar e-mails sem sair do app de mensagens.
O que não convenceu:
Apesar das novidades, o consenso entre especialistas é de que a Apple Intelligence ainda não faz frente à concorrência. Marques Brownlee afirmou que “nenhuma melhoria real apareceu nos últimos meses em nenhum iPhone”, e o Tom’s Guide considerou o iPhone 17 “funcionalmente inferior” aos recursos de IA do Pixel 10, sobretudo em edição de fotos e operações via comando de voz. O CNET avaliou que, embora promissora, a IA da Apple “parece em fase de testes e não justifica a troca de aparelho”, e o GSMArena concluiu que os recursos são “superficiais e pouco integrados ao fluxo de uso diário”.
Design e durabilidade: evolução conservadora
O que melhorou:
O iPhone 17 mantém o visual quase idêntico ao do iPhone 16, mas introduz o Ceramic Shield 2 na parte frontal, com promessa de até três vezes mais resistência a riscos em comparação ao anterior. O PhoneArena elogiou a combinação entre o acabamento em alumínio e o vidro reforçado na traseira, ressaltando o toque agradável e a solidez do conjunto. Marques Brownlee, por sua vez, destacou que o modelo base preserva o acabamento fosco “por toda a parte traseira e laterais”, conferindo um aspecto elegante e menos sujeito a marcas de dedos.
O que não convenceu:
Por outro lado, a crítica ao design permaneceu forte. MKBHD observou que “o design obviamente não mudou nada desde o 16”, classificando-o como “excessivamente seguro”. Usuários comentaram em fóruns que o visual do iPhone 17 se mostra “entediante” quando comparado às linhas Pro e Air, que receberam renovação mais ousada.
O Ars Technica observou que, apesar do reforço no vidro frontal, as bordas de alumínio continuam suscetíveis a marcas e pequenos amassados com quedas moderadas, já que não houve reforço adicional no frame metálico. Brownlee também criticou o botão de controle da câmera, comentando que ele “mais atrapalha que ajuda” e pode acabar sendo descartado em futuras gerações. Dessa forma, o iPhone 17 combina aprimoramentos pontuais em durabilidade com uma proposta de design que privilegia a familiaridade em detrimento da inovação visual.
Veredito
O iPhone 17 cumpre com a promessa de trazer ao modelo básico recursos antes exclusivos das versões Pro. Sob a perspectiva da maioria das análises, trata-se do melhor iPhone de entrada já lançado, com display ProMotion de 120 Hz e brilho de até 3.000 nits, câmera frontal Center Stage de 18 MP versátil e bateria que entrega de 5 horas de tela ativa em uso misto a 19 horas de reprodução de vídeo em 4K. O A19 se mostrou poderoso e, nos primeiros minutos de uso intenso, sustenta desempenho de GPU e CPU comparável a modelos topo de linha, garantindo fluidez em apps e edição de vídeo
Entretanto, algumas limitações reforçam que o iPhone 17 não é um Pro disfarçado. A ausência de teleobjetiva obriga a recorrer a zoom digital, comprometendo nitidez em ampliações acima de 5×. A multitarefa ainda sofre com recarregamento frequente de apps, e a porta USB-C permanece no padrão 2.0, impactando transferências de arquivos pesados. Sob estresse prolongado, o chip atinge cerca de 85 °C em testes 3DMark, reduzindo o desempenho para cerca de 75% do pico inicial. A Apple Intelligence, embora presente, carece de profundidade e integrações práticas, ficando aquém das soluções do Pixel 10 e de concorrentes Android
No design, o iPhone 17 aposta no Ceramic Shield 2 e certificação IP68, mas mantém visual quase idêntico ao iPhone 16, sem inovação estética significativa. A familiaridade agrada a quem busca continuidade, mas também pode ser visto como excessivamente cautelosa.
Para quem não busca recursos profissionais de fotografia ou refrigeração ativa, o iPhone 17 é a escolha mais sensata dentro da nova linha. Já para criadores de conteúdo ou usuários que dependem de teleobjetiva, ProRes ou sessões de jogo extensas, as versões Pro ainda justificam o investimento extra para quem busca o iPhone mais atualizado.