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(Imagem: Canva/Divulgação / Montagem: Bruna Martins)
As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) sobem nesta quarta-feira (15), impulsionadas pela venda da participação na Eletronuclear para a J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que reduz incertezas em torno da elétrica.
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O JP Morgan já esperava uma reação positiva do mercado, tendo em vista que a participação da Eletrobras preocupava investidores devido à incerteza sobre os dividendos, ou ganhos, que a empresa tinha com as usinas nucleares. Alem disso, a elétrica tinha obrigações financeiras com a Eletronuclear.
O banco destaca que a Eletrobras registrará um ajuste por perda (impairment) de R$ 7 bilhões relacionado à venda do ativo, uma vez que o valor contábil da Eletronuclear no seu balanço é de cerca de R$ 8 bilhões.
“No entanto, nossa visão é que os investidores não atribuíam valor patrimonial ao ativo devido a preocupações com os dividendos de Angra 1 e 2 e com a obrigação de financiamento para a construção de Angra 3”, ponderam os analistas.
Sobre os dividendos, o JP Morgan não espera que a provisão afete os planos da Eletrobras, dadas as reservas de lucros acumulados.
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Por volta de 11h55 (horário de Brasília), as ações ELET3 subiam 2,20%, a R$ 52,98, enquanto ELET6 avançava 2,29%, a R$ 55,80. Acompanhe o tempo real.
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Objetivo da Eletrobras
Não é de hoje que a Eletrobras busca se desfazer da Eletronuclear, que controla as usinas nucleares de Angra 1 e 2 e tem a obrigação de construir Angra 3. Com a venda para a J&F, a elétrica pavimenta o caminho para se afastar de investimentos nas usinas.
Em fato relevante, a Eletrobras afirmou que a operação permitirá a plena liberação das responsabilidades remanescentes com sua coligada, melhorando o perfil de risco e permitindo liberar capital alocável da companhia.
Na avaliação da Ativa Research, o movimento conversa com o foco estratégico da Eletrobras de se consolidar como a maior empresa de energia elétrica renovável do país após a privatização, reforçando a tese de otimização de capital e simplificação corporativa
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Somado a isso, operação reduz ainda incertezas jurídicas e regulatórias associadas à Eletronuclear. Considerando que o valor contábil do investimento era de R$ 7,8 bilhões, a companhia deve registrar uma provisão de cerca de R$ 7 bilhões no 3T25, o que a Ativa classifica como um impacto contábil negativo pontual.
“A Eletrobras já vinha desinvestindo em termelétricas, inclusive com vendas anteriores à própria J&F, demonstrando consistência na estratégia de concentrar recursos em geração renovável e transmissão. Em termos de alocação de capital, a venda libera caixa e contingências, abrindo espaço para novos investimentos mais alinhados as diretrizes da empresa e mais dividendos aos acionistas”, dizem os analistas.
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