Direcional, Cyrela, Cury e mais divulgam dados prévios do 3T; confira as análises

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Cinco construtoras listadas divulgaram seus resultados operacionais do terceiro trimestre de 2025 (3T25) na última quinta-feira (9). Direcional (DIRR3), Cyrela (CYRE3), Cury (CUR3), Plano & Plano (PLPL3) e Mitre (MTRE3).

Confira as análises:

Cyrela (CYRE3)

A XP classifica os dados operacionais da Cyrela comou sólidos, apoiados pela forte expansão contínua dos lançamentos acima das expectativas e pelas vendas líquidas e VSO resilientes, superando os pares do setor.

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Apesar do declínio da VSO no trimestre, a XP acredita que a Vivaz continua a demonstrar métricas operacionais sólidas que devem continuar a apoiar o crescimento da Cyrela no futuro. A casa reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 37,0 por ação.

Já o Bradesco BBI comenta que os números operacionais reforçam a tese positiva para Cyrela, mesmo diante de incertezas macroeconômicas. Segundo o banco, a diversificação entre segmentos e o valuation descontado tornam o papel atrativo. A unidade de baixa renda negocia com desconto relevante frente aos pares, o que analistas consideram excessivo dado os fundamentos sólidos. O BBI reiterea Cyrela como sua preferida no setor.

Segundo a Genial, o ritmo de lançamentos e vendas da Cyrela seguem muito fortes no ano, de forma que acredita que o trimestre ficou acima das expectativas do mercado. A companhia segue focando nos dois extremos da pirâmide social, navegando com sucesso este período de dificuldade de crédito para média renda. O segmento de média renda representou apenas 7% dos lançamentos do trimestre.

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Cury (CURY3)

De forma geral, na avaliação da Genial, a prévia mostrou números fortes, com geração de caixa e crescimento de landbank se destacando, sinalizando a continuidade de um forte crescimento a frente.

Para BBI, os resultados reforçam a resiliência operacional da Cury, com destaque para a geração de caixa e execução consistente. Mesmo com o volume de lançamentos se aproximando de um platô em 2026, o banco vê espaço para revisões positivas de lucro, sustentadas por margens melhores que o esperado.

Com valuation premium, CURY3 negocia a 7,6 vezes o múltiplo P/L esperado para 2026 e dividend yield atrativo de 9% para 2026. Dessa forma, o banco mantém recomenda de compra.

Na avaliação da XP, os resultados operacionais da Cury foram sólidos, abrindo caminho para que a empresa continue acelerando tanto o ritmo de lançamentos quanto o crescimento da receita nos próximos trimestres.

Além disso, a XP ressalta que a Cury mantém a maior velocidade de vendas do setor, reforçando sua posição única como a única empresa capaz de expandir suas operações e, ao mesmo tempo, gerar caixa. Dito isso, reitera a CURY3 como sua principal escolha, sendo negociada a 7,7 vezes Preço/Lucro para 2026.

Direcional (DIRR3)

A XP Investimentos considera positivos os dados operacionais da Direcional, impulsionados pelo aumento do número de lançamentos no trimestre e pela maior participação da empresa nos projetos. “O forte desempenho da Riva em termos de lançamentos e vendas, combinado com um VSO mais alto em comparação com a Direcional, indica um forte impulso da demanda e efeitos potencialmente positivos da implementação do Grupo 4 do MCMV”, explica a corretora.

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O Itaú BBI avaliou os resultados da Direcional (DIRR3) como ligeiramente positivos. A companhia registrou geração de caixa de R$ 114 milhões no trimestre, lançamentos de R$ 2 bilhões e VSO de 27% na marca Riva, compensando a queda do segmento MCMV. Apesar da queda de 6% das ações na semana, o banco não vê impacto material e mantém recomendação de compra, destacando margem bruta acima do esperado e potencial de alta no LPA. DIRR3 é negociada a 7,5x P/L estimado para 2026.

Já Genial Investimentos comenta que os números de Direcional foram bons, mas sem superação de expectativas.

Mitre (MTRE3)

O Itaú BBI avaliou os resultados da Mitre (MTRE3) como neutros para sua tese. Nos nove primeiros meses de 2025, as vendas líquidas somaram R$ 895 milhões, queda de 5% em relação ao ano anterior, com redução de 3 pontos percentuais na VSO dos últimos 12 meses. Os estoques cresceram 13% no trimestre, totalizando R$ 1,8 bilhão, e as unidades prontas representaram 7,9% do VGV total. Os distratos sobre vendas brutas ficaram em 10,5%, praticamente estáveis. A MTRE3 é negociada a 0,3 vez Preço/Valor PA.

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Plano&Plano (PLPL3)

A XP mantém uma visão otimista sobre a PLPL3, destacando que os lançamentos da companhia superaram significativamente as expectativas e refletem melhorias no ambiente de aprovação de projetos.

Nos nove primeiros meses de 2025, o volume de lançamentos atingiu R$ 4,2 bilhões, indicando potencial de alta para as estimativas de 2025. No entanto, a XP observa que a queda na VSO da construtora no 3T25, causada pela concentração de lançamentos em setembro e pelo consumo contínuo de caixa, pode gerar reação marginalmente negativa do mercado. Para o 4T25, a expectativa é de menor volume de lançamentos e vendas mais diluídas, o que deve melhorar a VSO. A recomendação de compra é mantida, com preço-alvo de R$ 21,0 por ação.

O BBI destacou que, apesar dos lançamentos robustos e vendas consistentes, a queima de caixa operacional não mapeada é um ponto de atenção. Por outro lado, o volume elevado de lançamentos no fim do trimestre deve impulsionar os resultados do 4T25, e a normalização do ciclo de obras tende a beneficiar os números em 2026. Com valuation atrativo — PLPL3 negocia a 5,4 vezes Preço/Lucro estimado para 2026 —, a recomendação de compra é reiterada.

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