Das críticas aos gols: Pedro e Vitor Roque dão volta por cima em Flamengo e Palmeiras para sonhar com Copa

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19 de out, 2025, 09:29

Quem tem um amigo, tem tudo. Assim como na vida, o verso cantado pelo rapper Emicida no disco AmarElo, de 2019, também se reverbera pelo futebol. A menos de um ano da Copa do Mundo, Vitor Roque tem em Flaco López a sintonia perfeita para a volta por cima no Palmeiras. Já no Flamengo, Pedro corre para reconquistar não apenas velhos amigos, como as novas versões deles. Com Filipe Luís, o atacante se reequilibra após a queda, pede passagem como titular e ecoa até na seleção brasileira, mas o futuro ainda perturba.

Além de reunir dois postulantes ao título brasileiro e da CONMEBOL Libertadores, o embate entre flamenguistas e palmeirenses deste domingo (15), a partir das 16h (de Brasília), reunirá duas histórias de redenção no Maracanã.

Foram sete meses sem saber o que era pisar em uma partida de futebol. Após sofrer uma ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) enquanto defendia a seleção, em setembro do ano passado, Pedro conviveu com um prazo indigesto para voltar a fazer o que ama. A lesão previa de nove a 12 meses de recuperação, mas o atacante limitou a sete, se reergueu, guardou dois gols no estádio Jornalista Mário Filho e ainda foi para casa como melhor em campo.

O retorno triunfal, no entanto, deu lugar a um oceano de incertezas quando Filipe Luís foi a público para dar um basta na relação. No retorno após o Mundial de Clubes, o Flamengo venceu o São Paulo e o camisa 9 sequer foi relacionado. Após a vitória por 2 a 0, o treinador desabafou sobre a postura do atacante, cujo nome foi centro de outra polêmica após uma conversa vazada indicar uma não objeção do clube em vendê-lo, ainda que por um preço menor, como revelado à época pelo jornalista Mauro Cezar Pereira.

Se no Ninho do Urubu a crise era do amanhã, na Academia do Futebol era tudo para ontem. Contratação mais cara da história do futebol brasileiro, Vitor Roque lidava com o peso do regresso e da seca de gols. Foram 12 partidas até balançar as redes pela primeira vez pelo Palmeiras. Depois, quase repetiu o feito ao passar em branco por 73 dias. Burlou a escrita contra o Fluminense, e não parou mais.

Curiosamente, Pedro também encontrou no Tricolor carioca o resgate de dias melhores. Em seu retorno após a turbulência nos bastidores, o maior artilheiro do novo Maracanã, com 103 gols, saiu do banco para garantir a vitória no Fla-Flu.

Três meses depois, os centroavantes de Flamengo e Palmeiras se encontram em momentos distintos daqueles vividos outrora, num cenário que também se reflete à beira de campo. Após a vitória sobre o Botafogo na última rodada, Filipe Luís foi enfático.

"O Pedro é um jogador top, todos conhecemos, mas o mais importante é a equipe. Hoje ele deu tudo pela equipe, se doou em todas as fases do jogo, fez duas semanas excelentes de treinamento, está muito bem e o campo fala. Está em um grande momento. Esse Pedro é o que todos queremos agora", decretou.

Na ocasião, o camisa 9 rubro-negro completou 300 jogos pelo time de coração. Com Filipe Luís em campo, foram oito títulos juntos. Com o ex-companheiro à beira dele, já teve um Carioca, uma Copa do Brasil, uma crise e duas voltas por cima.

No Palmeiras, o campo também fala, e Abel Ferreira vai ainda além quando o assunto é Vitor Roque. "É um dos jogadores jovens que temos ao nosso dispor e se o selecionador nacional entender que tem que levar, tudo certo, eu tenho que seguir com o trabalho com ele, o centroavante vive de gols também", afirmou.

Autor de dois gols no passeio de 5 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, o 'Tigrinho' chegou a 12 tentos no Brasileirão, um a mais que o rival carioca.

Mais do que a corrida pela artilharia, no entanto, o caminho dos atacantes deste domingo explica o futebol pelas relações humanas, e todas elas levam ao gol.

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