CSN pode enfrentar prejuízo e dividendos zerados por anos, alerta Morgan Stanley

há 1 dia 2
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A CSN (CSNA3) deve enfrentar anos de prejuízo, com fluxo de caixa livre negativo até 2028, o que deve impedir o pagamento de dividendos, projeta o Morgan Stanley antes da divulgação dos resultados do terceiro trimestre deste ano (3T25) da siderúrgica.

O banco diz que o alto nível de endividamento da empresa e o ritmo intenso de investimentos, combinados com a entrega de contratos de minério de ferro pré-pagos, mantêm pressão sobre as finanças da companhia, enquanto a concorrência no mercado de aço dificulta reajustes de preço e limita a rentabilidade.

“Acreditamos que a combinação de um negócio cíclico, o forte apetite da companhia por investimentos e seu alto nível de alavancagem cria uma relação risco-retorno complexa”, afirmam os analistas em relatório enviado ao mercado nesta quinta-feira (9).

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O banco ajustou as estimativas de câmbio e dos preços das commodities no modelo da empresa. Com isso, o Morgan Stanley espera que a siderúrgica registre um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 3,04 bilhões no 3T25, queda de 4,3% em relação à projeção anterior. Para os próximos anos, a previsão é de R$ 10,78 bilhões em 2025, R$ 11,27 bilhões em 2026, R$ 11,87 bilhões em 2027 e R$ 17,34 bilhões em 2028.

As novas estimativas para o lucro por ação (LPA) seguem negativas até 2027, com perdas previstas de R$ 0,34 no terceiro trimestre deste ano, R$ 1,29 durante o ano, R$ 0,91 em 2026 e R$ 0,63 em 2027. Apenas em 2028 o banco projeta resultado positivo, com LPA de R$ 0,89.

Por causa disso, o Morgan Stanley decidiu manter recomendação abaixo da média (underweight) para as ações CSNA3, com preço-alvo de R$ 8 por papel até meados de 2026.

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Com base na estimativa de Ebitda para 2026, o Morgan Stanley calcula que as ações da CSN são negociadas acima da média histórica de cinco anos, de 4,5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda.

As ações da companhia eram negociadas com queda de 0,47% pouco antes das 13h desta quinta, a R$ 8,42. O papel acumula alta de mais de 8% em um mês, mas a janela de 12 meses segue bastante negativa, com queda de 30%.

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