Criptomoedas registram mais de US$ 6 bilhões em liquidações

As criptomoedas despencaram após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que imporia uma tarifa adicional de 100% sobre a China e controles de exportação sobre software, com mais de US$ 6 bilhões em posições liquidadas na última hora.

Essa liquidação é a maior desde pelo menos o início de abril. O Bitcoin, a maior criptomoeda, caiu mais de 12% após o anúncio feito na plataforma Truth Social de Trump, antes de reduzir a queda. O Bitcoin, que recentemente era negociado em torno de US$ 112.000, havia atingido um recorde histórico de mais de US$ 126.250 na segunda-feira.

“Uma nova guerra comercial entre China e EUA eclodiu na sexta-feira, causando incerteza nos mercados e uma queda nos ativos de risco,” disse Ravi Doshi, co-chefe de mercados da corretora FalconX. A mesa de derivativos da empresa viu uma demanda excessiva por proteção contra quedas ao longo do dia, afirmou.

Mais de US$ 7,4 bilhões em apostas em criptoativos foram eliminados nas últimas 24 horas, com cerca de US$ 6,7 bilhões e US$ 695 milhões em posições longas e baixistas, respectivamente, segundo dados da Coinglass. As liquidações estão acelerando, com cerca de US$ 6,6 bilhões nas últimas quatro horas após o anúncio de Trump.

Tokens menores e menos líquidos foram mais afetados. O Ether caiu mais de 17%, enquanto XRP e Dogecoin despencaram mais de 30%.

As tensões comerciais entre EUA e China enviaram ondas de choque pelos mercados na sexta-feira, derrubando ações, petróleo e criptomoedas, enquanto impulsionavam uma corrida por ativos considerados seguros, como títulos do Tesouro e ouro.

A declaração veio após Trump, na sexta-feira mais cedo, ameaçar ações comerciais contra a China, citando os controles de exportação “hostis” que Pequim impôs sobre minerais de terras raras. Trump também disse que parecia não haver “razão” para seguir com a reunião planejada com o líder chinês, Xi Jinping, à margem da cúpula da APEC na Coreia do Sul ainda este mês.

O otimismo do mercado vinha sendo tão pronunciado recentemente que investidores estavam migrando para tudo, desde ações até títulos e criptomoedas.

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