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Apesar de uma queda nacional de 2,64% nos furtos e 6,1% nos roubos contra veículos em 2024, segundo o Mapa da Segurança Pública de 2025, os profissionais de mobilidade seguem sendo alvo preferencial da criminalidade.
Em Minas Gerais, por exemplo, crimes contra motoristas de aplicativo cresceram 14% em 2024, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública. Já no Rio de Janeiro, os furtos em geral subiram 5,17% no primeiro semestre de 2025, segundo o ISP (Instituto de Segurança Pública).
Para motoristas que dependem do carro e da motocicleta como fonte de renda, o seguro automotivo pode ser um amortecedor financeiro essencial para continuar trabalhando e evitar a perda total do patrimônio.
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Maior preocupação
No primeiro semestre de 2025, o mercado de seguros automotivos arrecadou R$ 28,9 bilhões, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), autarquia federal que regula e fiscaliza o mercado segurador no país. O volume representa um crescimento de 5,9% em relação ao primeiro semestre de 2024. Nesse mesmo período, foram pagos R$ 17,2 bilhões em indenizações, alta de 3,3%.
“Para os motoristas de aplicativo, cujo carro é ao mesmo tempo ferramenta de trabalho e patrimônio, estar protegido é garantir a continuidade da renda e da mobilidade”
Somente a procura por seguros de motos cresceu 13 pontos percentuais entre agosto de 2024 e agosto de 2025, de 28% para 41% das cotações feitas. Já a busca por seguros de automóveis caiu de 72% para 59% nesse mesmo período, segundo o Mapa de Seguros da Serasa.
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Dentro das cotações de novos contratos em cada categoria, as cotações de automóveis passaram de 47% para 53%. No caso das motocicletas, o salto foi de 78% para 82%, mostrando que os motociclistas brasileiros também estão cada vez mais atentos à proteção de seus veículos.
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Tecnologias agilizam contratações e indenizações
Em um cenário de alta exposição ao risco, especialmente para motoristas de aplicativo, as seguradoras apostam em processos cada vez mais digitais, práticos e com menos burocracia para a contratação de seguros.
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Segundo Leite, da Provion, a empresa desenvolveu um modelo de seguro voltado especialmente para motoristas de aplicativo, que combina proteção contra roubo, furto, assistência 24 horas e cobertura para vidros e lanternagem. Os processos são 100% digitais e cotação via aplicativo.
“São soluções acessíveis e adaptadas à rotina de quem mais depende do veículo”, diz.
Na Pier Seguros, por exemplo, cerca de 20% das vistorias de veículos já são aprovadas por um agente de IA (inteligência artificial), segundo Camila Kataguiri, co-CEO da empresa.
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“O cliente baixa o aplicativo, recebe a proposta, tira as oito fotos necessárias e envia. A IA já avisa se as fotos estão corretas ou não. Assim que a submissão é feita, o sistema processa imediatamente e já informa se foi aprovado ou não”, afirma.
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Existem ainda alternativas flexíveis para a contratação de seguros no mercado, como a modalidade por assinatura, que permite ao cliente maior controle sobre o contrato.
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Por exemplo, se o segurado adquirir um seguro por assinatura, permanecer com ele por dois meses e no terceiro mês tiver que deixar o carro parado em casa, pode cancelar o seguro temporariamente e, quando desejar, reativá-lo sem burocracias ou prazos longos.
Além disso, com o avanço dos processos tecnológicos, o pagamento de indenizações no setor de seguros tem sido cada vez mais otimizado.
Segundo os especialistas do setor, a automação e o uso de IA tem permitido a análise imediata dos sinistros e a redução do tempo de espera dos segurados para receber os valores de indenização.
“Esses momentos de roubo e furto são os mais angustiantes para a pessoa, quando está mais ansiosa e acabou de passar por um trauma. É nessas horas que temos que devolver o dinheiro rápido”, afirma Kataguiri, da Pier.
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