CEOs destacam diferenciação por valor, IA e foco no cliente como caminhos para o crescimento do setor

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Durante o painel Visão dos CEOs, realizado no segundo dia do Futurecom 2025, em São Paulo, os executivos Cleber Ajuz (Telecall), Fabiano Ferreira (Vero) e Gustavo Stock (Grupo Brasil Tecpar) discutiram os principais vetores para o crescimento do setor de telecomunicações no Brasil, com foco no cliente e importância da IA para o mercado futuro. Em comum, apontaram a necessidade de ampliar a diferenciação por valor, conhecer profundamente o consumidor e investir em inteligência artificial como ferramenta para eficiência e fidelização.

 Painel Visão dos CEOs, no FUTURECOMFoto: Painel Visão dos CEOs, no FUTURECOM

Cleber Ajuz, CEO da Telecall, destacou o peso do custo de capital como obstáculo para novos investimentos. Segundo ele, a taxa Selic elevada compromete a capacidade de financiar expansão. Ainda assim, rejeitou a ideia de estagnação do crescimento orgânico e defendeu que a evolução do mercado passa por entender as reais necessidades dos usuários.

O executivo também abordou o cenário das operadoras móveis virtuais (MVNOs). “Temos hoje, em nosso grupo, 1 milhão de chips e, analisando o mercado de MVNO, com a PGMC, vai deixar de crescer? Para mim, é uma oportunidade. Os cenários mudam, mas o mercado é do consumidor”, afirmou.

Consolidação e disputa por valor

Para Fabiano Ferreira, CEO da Vero, a consolidação segue sendo um movimento natural do setor, mas a chave está em redefinir a disputa competitiva. “O que a gente precisa é capturar melhor as oportunidades. Penso que a disputa por valor e não por preço é o momento atual. Porque a disputa por valor favorece a amplitude dos serviços; a disputa por preço, a conta chega”, disse.

Ferreira ressaltou que o consumidor exige mais do que conectividade. Ele espera um portfólio ampliado de serviços digitais, o que torna a diferenciação essencial. “Em algumas regiões, deve-se abrir mão da competição. Microsegmentações são cada vez mais importantes. A vida de uma companhia é a diferenciação por valor”, completou.

Já Gustavo Stock, CEO do Grupo Brasil Tecpar, avaliou que, embora o mercado móvel continue dominado por três grandes operadoras, há espaço para movimentos de pequenos e médios players. “Novas ondas surgirão, para a internet banda larga fixa é uma busca para encontrar o caminho e pegar uma fatia desse bolo”, disse.

Stock destacou ainda o impacto da inteligência artificial, que já permeia mais de 30 iniciativas do grupo. “Sei que a internet mudou o mundo e a IA mudará o mundo, e não somente o nosso nicho de telecom. Há uma enorme diversidade nos mercados, e o desafio é como fazer a gestão de tudo isso”, afirmou.

Na avaliação dos CEOs, a inteligência artificial representa um divisor de águas para a próxima etapa de crescimento do setor. Fabiano Ferreira reforçou que empresas que souberem combinar digitalização e IA terão maior êxito: “O consumidor quer tratamento diferenciado, isso gera eficiência e acaba em fidelidade do cliente. Mas é preciso traçar uma estratégia”.

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