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Nesta quinta-feira (9/10), o deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) solicitou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que a morte da adolescente Vitória Regina, de 17 anos, seja reaberta devido a denúncias de falta de transparência na conclusão do caso. O político pediu a transferência imediata do inquérito policial da Delegacia de Cajamar para o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) da capital.
O deputado reforçou que várias denúncias recebidas por seu gabinete mencionam os desvios no curso das investigações, em comunicado enviado à CNN.
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Vitória ReginaReprodução: Internet

Preso no caso VitóriaReprodução: Record

Maicol, principal suspeito no caso VitóriaReprodução: Globo
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A premissa é a mesma defendida por advogados do único suspeito e acusado pelo crime, Maicol dos Santos, que contesta sua confissão, alegando coerção. Outro ponto por parte da defesa seria a presença de material genético de uma terceira pessoa na cena do crime, levantando dúvidas sobre a conclusão da investigação inicial do assassinato que aconteceu em março deste ano de 2025.
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, e o DHPP também foram formalmente solicitados por meio de ofício para a abertura do caso.
Carta do acusado
Maicol Antonio Sales dos Santos, preso em março, escreveu uma carta anexada ao processo dias antes do depoimento à Justiça, onde negou sua participação na morte de Vitória e deu detalhes da suposta coação e as ameaças que teriam resultado em uma falsa confissão: “Deixei claro que não havia confessado, bem como qualquer intenção para tal.”
O homem descreveu como ele teria sido coagido a confessar e como a polícia teria fabricado uma narrativa para ser repetida. A defesa de Maicol, segundo apuração da CNN, também declarou que a confissão foi sob coação.
“Recebi a visita (…) com diversas ameaças, contra mim e meus familiares, onde permaneci calado. Nesse momento, o investigador chefe disse que então me colocariam para repetir sobre o que eles queriam”, reforçou.
Em junho deste ano, Maicol disse que autoridades prometeram aposentadoria para sua mãe e um vale-aluguel em troca da confissão. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não comentou o caso.
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, desapareceu em 26 de fevereiro e foi encontrada morta em 5 de março em Cajamar, na Grande São Paulo.