Câmara dos EUA aprova divulgação dos arquivos de Epstein após recuo de Trump

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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, por ampla maioria, nesta terça-feira (18), a divulgação dos arquivos de Jeffrey Epstein, financista que comandava uma rede de exploração sexual de menores. A votação ocorreu dois dias após o presidente Donald Trump alterar sua posição em relação à liberação dos documentos.

Antes contrário à divulgação, o presidente Donald Trump mudou de posição no domingo (16), solicitando que deputados republicanos apoiassem o projeto que obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos os arquivos de Jeffrey Epstein. Essa reversão ocorreu após o surgimento de novas suspeitas envolvendo Trump e a sugestão do presidente da Câmara, Mike Johnson, de que a liberação dos documentos ajudaria a encerrar as especulações.

O projeto de lei aprovado na Câmara contou com apenas um voto contrário. O deputado republicano Clay Higgins justificou seu voto contra, argumentando que a divulgação ampla de documentos de investigações criminais pode prejudicar pessoas inocentes. Agora, o projeto será encaminhado ao Senado para análise.

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Trata-se de mais de 20 mil documentos, incluindo diversas trocas de e-mails. Trechos desses arquivos já foram divulgados publicamente e mostram que inúmeras personalidades participaram de festas organizadas por Epstein. Entre os nomes mencionados estão Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Naomi Campbell, Bill Clinton e, claro, Trump, entre outros.

O ex-príncipe da Inglaterra, Andrew Mountbatten Windsor, foi o único diretamente implicado em denúncias de abuso sexual de menores. Embora não tenha sido condenado, perdeu seus títulos reais em decorrência da polêmica.

A relação de Trump e Epstein

Jeffrey Epstein foi condenado em 2019 por manter uma rede de exploração sexual de menores. Ele morreu na prisão no mesmo ano, e a versão oficial é que cometeu suicídio.

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Há diversos registros de Epstein e Trump juntos nas décadas de 1980 e 1990. O presidente já admitiu que foram amigos, mas afirma que se desentenderam nos anos 2000.

Recentemente, e-mails de Epstein para sua esposa, Ghislaine Maxwell, vieram a público. Em uma comunicação de 2011, Epstein dizia que Trump “passou horas” em sua casa com uma vítima de tráfico sexual. Em outro e-mail, Epstein mencionou novamente Trump, escrevendo: “Claro que ele sabia sobre as garotas.”

Trump afirmou não ter nenhuma ligação com os supostos crimes de Epstein e, recentemente, começou a chamar a questão de “farsa democrata”.

De toda forma, desde que voltou ao poder, o tema se tornou um ponto fraco para o presidente entre seus apoiadores. Uma pesquisa Reuters/Ipsos de outubro constatou que apenas quatro em cada dez republicanos aprovam a forma como Trump lidou com o assunto, bem abaixo dos nove em cada dez que aprovam seu desempenho geral.

*Com informações da Reuters.

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