Brasil TecPar volta ao lucro, turbina receitas e anuncia nova aquisição

há 1 semana 6
ANUNCIE AQUI
Brasil TecparFoto: Brasil Tecpar/Reprodução

A Brasil TecPar registrou lucro líquido de R$ 11,1 milhões no terceiro trimestre, alta anual de 254,3%, de acordo com balanço financeiro divulgado na noite de terça-feira, 11. O resultado, inclusive, reverteu o prejuízo de R$ 7,21 milhões apurado no terceiro trimestre de 2024.

Os números do trimestre, em geral, foram impactados positivamente por aquisições de provedores. A TecPar ainda anunciou a compra 60% de um pequeno provedor de Internet (a On Telecom) com 16 mil acessos em Minas Gerais; saiba mais sobre o negócio no decorrer do texto.

Confira, a seguir, os principais indicadores da TecPar no terceiro trimestre, ante o mesmo intervalo do ano anterior.

  • Lucro líquido: R$ 11,1 milhões (+254,3%);
  • Ebitda ajustado: R$ 209,7 milhões (+78%);
  • Margem Ebitda ajustada: 48,1% (+1,9 p.p.);
  • Receita líquida: R$ 435,8 milhões (+71%);
  • Dívida líquida: R$ 2,36 bilhões;
  • Alavancagem: 2,8x;
  • Capex: R$ 69 milhões.

Receitas turbinadas por aquisições

A receita líquida da Brasil TecPar cresceu 71% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 435,8 milhões. Em nove meses, o faturamento alcançou R$ 1,24 bilhão (+64,2%).

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 209,7 milhões, crescendo 78% ante o terceiro trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ajustada alcançou 48,1%, subindo 1,9 p.p. no intervalo de 12 meses.

A empresa atribui o avanço nos números ao crescimento orgânico da base de banda larga e à incorporação de provedores.

"Esse desempenho reflete a consolidação das aquisições recentes da OnNet, Nova Rede Telecom e Sempre Telecomunicações, o crescimento orgânico das operações existentes e os ganhos de eficiência operacional", destacou a TecPar, em trecho do informe financeiro.

Inclusive, a Brasil TecPar fechou o terceiro trimestre com 1,08 milhão de assinantes de banda larga. Impulsionado pelas aquisições, o total de acessos representa uma alta de 67% em relação à base do terceiro trimestre de 2024 (647 mil).

A rede da empresa chega a 309 cidades espalhadas por nove estados. A infraestrutura alcança 4,5 milhões de casas passadas – domicílios que podem contratar o serviço de fibra. A taxa de penetração da rede ficou em 23,7% ao fim de setembro.

Novos M&As

Conforme o balanço, no mesmo mês, a TecPar assinou um contrato de aquisição de 60% de participação acionária na On Telecom. A operação agrega 16 mil acessos em cinco novas cidades da região do Triângulo Mineiro, além da entrada de R$ 17 milhões em receita líquida anual.

Em entrevista recente ao TELETIME, o CEO da Brasil TecPar, Gustavo Stock, confirmou que mais fusões e aquisições (M&A) estavam a caminho.

Inclusive, em outubro, foi concluída a incorporação da Allrede. Com isso, a empresa teve uma expansão de base de 222 mil acessos e um incremento anual de receita líquida de R$ 290 milhões.

Considerando todos os M&As, a TecPar terá, ao fim do quarto trimestre de 2025, ao menos 1,3 milhão de assinantes de banda larga. As projeções indicam receita líquida anualizada de R$ 2 bilhões, Ebitda ajustado de R$ 1 bilhão e margem de 50%.

Dívida e capex

O resultado financeiro do terceiro trimestre foi uma despesa de R$ 103,9 milhões, alta anual de 47,6% em função de maiores juros sobre empréstimos e debêntures. "A Companhia contratou novas dívidas para executar sua estratégia de crescimento via aquisições (M&As)", explicou a TecPar.

A dívida líquida chegou a R$ 2,36 bilhões, um aumento de 30,5% em relação ao fim de 2024 – em termos absolutos, a dívida teve um incremento de R$ 552,9 milhões em nove meses. A alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) ficou em 2,8x.

O capex totalizou R$ 69 milhões no terceiro trimestre, representando 15,8% como proporção da receita líquida. Segundo a empresa, o objetivo é "sustentar o seu crescimento orgânico com menor intensidade de investimentos, ao mesmo tempo em que preserva a qualidade da rede e a expansão seletiva em mercados estratégicos".

Ler artigo completo