Brasil precisa 'orquestrar' ecossistema espacial, diz especialista

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 Rudy Trindade/ThemapresRuy Pinto, Advisor de Tecnologia para o Conselho e CEO da ReOrbit. Foto: Rudy Trindade/Themapres

O Brasil precisa desenvolver um ecossistema que atraia investimentos e apoie startups no setor espacial, afirmou Ruy Pinto, um dos profissionais mais experientes do mercado de satélites, que já ocupou a posição de CTO e CEO da operadora SES e atualmente atua como conselheiro de diferentes empresas. Ele participou do Congresso Latinoamericano de Satélites, realizado esta semana no Rio de Janeiro, representando a start-up finlandesa ReOrbit. Segundo Ruy Pinto, o País possui mão de obra qualificada e capacidade tecnológica, mas ainda não consegue integrar Estado e iniciativa privada de forma eficiente.

"O que o Brasil precisa no setor espacial é orquestrar. Precisamos de uma versão do network management system para orquestrar a capacidade", disse Pinto nesta quarta-feira, 8, durante o Congresso Latinoamericano de Satélites, no Rio de Janeiro.

"O Brasil tem capacidade tecnológica. Dominamos em certos setores como a agropecuária. A Embraer é um perfeito exemplo do Brasil sendo bem-sucedido numa área de tecnologia também. O setor financeiro brasileiro também é super avançado. Por que isso não acontece no setor espacial?", comentou.

Ele avaliou que o Brasil ainda tem um "gap" tecnológico em relação a países como China e Índia, mas que essa lacuna pode ser fechada por meio de parcerias orientadas por foco em inovação. "O País tem que olhar oportunidades como o D2D, por exemplo", comentou. O executivo destacou que a criação de incentivos fiscais poderiam fortalecer o setor. 

O executivo citou a Finlândia como exemplo de país que permite a startups espaciais desenvolverem propostas competitivas. "Como eles são um país praticamente neutro, isso permite a uma companhia, como a ReOrbit, desenvolver uma proposta em que se tem uma abordagem horizontal". O modelo da ReOrbit, mencionado por Ruy Pinto, consiste na entrega de satélites de pequeno porte que integram subsistemas de diferentes fornecedores por meio de software próprio, criando, de acordo com ele, satélites de menor custo para países que encomendam esses equipamentos, mas que desejam ter controle total sobre os componentes e cadeias de suprimentos dos satélites.

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