Brasil deve terminar 2025 como o 5º maior mercado de apostas do mundo

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O Brasil deve encerrar 2025 como o quinto maior mercado de apostas do mundo, com um faturamento estimado em US$ 4,139 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 22 bilhões. Os dados são da consultoria internacional Regulus Partners, especializada no setor de esportes e lazer, e foram divulgados pela BBC News.

É a primeira vez que o país aparece no ranking mundial da consultoria, o que reforça o avanço expressivo da indústria local. O resultado é ainda mais relevante por ocorrer justamente no primeiro ano da regulamentação das apostas esportivas no Brasil, implementada em janeiro de 2025, o que mostra o tamanho do potencial do mercado nacional e a velocidade com que ele se consolidou no cenário global.

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“A regulamentação do mercado de apostas no Brasil representa um marco histórico que trouxe segurança jurídica, transparência e credibilidade a todo o ecossistema. Esse avanço foi determinante para que o país alcançasse a posição de quinto maior mercado de apostas do mundo, atraindo investimentos, fomentando inovação e consolidando a operação de empresas sérias e comprometidas”, disse a diretora de operações da Betsul, Andréia Oliveira.

De acordo com o levantamento, o país já figura logo atrás de potências tradicionais do setor. A Itália ocupa o quarto lugar, com US$ 4,617 bilhões, seguida pela Rússia, com US$ 4,515 bilhões.

À frente de todas estão o Reino Unido, segundo colocado com US$ 9,901 bilhões, e os Estados Unidos, líderes absolutos, com uma receita líquida estimada de US$ 17,312 bilhões. Logo depois do Brasil aparecem Austrália (US$ 3,660 bilhões), Canadá (US$ 3 bilhões), França (US$ 2,890 bilhões), África do Sul (US$ 2,520 bilhões) e Alemanha (US$ 1,900 bilhão).

Segundo a BBC, as projeções da Regulus Partners foram elaboradas a partir de relatórios financeiros de companhias abertas e dados públicos sobre movimentações no setor, já descontados os impostos.

O crescimento acelerado das bets no Brasil não é obra do acaso. Para especialistas, o avanço começou durante o período da pandemia de covid-19, entre 2019 e 2020, quando o consumo de entretenimento digital se intensificou. A chegada do Pix, em 2021, foi outro marco importante, ao oferecer uma forma de pagamento instantânea e segura, facilitando depósitos e saques para os apostadores.

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“O mercado brasileiro sempre apresentou um enorme potencial de crescimento, algo reconhecido por operadores nacionais e internacionais. Os resultados alcançados no primeiro ano de regulamentação reforçam essa percepção e demonstram a maturidade e a capacidade do setor em operar com tecnologia de ponta e mão de obra altamente qualificada, em níveis comparáveis aos dos principais mercados globais, como Estados Unidos e Reino Unido”, avalia Nickolas Ribeiro, fundador e presidente do conselho da Ana Gaming.

Com a legalização, o mercado brasileiro passou a atrair investimentos massivos e criar um ecossistema de negócios que envolve tecnologia, marketing, comunicação e esporte. A presença de empresas estrangeiras e o surgimento de operadores nacionais reforçam a diversidade e a competitividade do setor.

“Todos sabem da força econômica do Brasil. Com a regulamentação, o nosso setor tem gerado empregos, movimentado a economia, incentivado o esporte nacional, a cultura e contribuído para a sociedade, por meio da arrecadação de impostos. Claro que ainda se trata de um mercado novo, que está amadurecendo, mas é extremamente promissor e, em alguns casos, já é visto até mesmo como referência quando se fala de América do Sul”, afirma Rafael Borges, CEO da Reals, patrocinadora máster do Coritiba.

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A consolidação das regras e a fiscalização mais rigorosa também deram às apostas brasileiras uma imagem de credibilidade internacional. Isso estimulou empresas a investir em inovação e responsabilidade social, tornando o entretenimento uma experiência mais segura e positiva.

“Esse avanço é resultado direto de um ambiente mais seguro, transparente e responsável, que beneficia tanto os operadores quanto os apostadores”, afirma Vitor Silveira de Andrade, CAO da 1PRA1, patrocinadora máster do Avaí.

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Esse é um discurso quase unânime de todas as casas de apostas, que têm se unido recentemente para defender que a tentativa por parte do Governo de aumentar os impostos é errada e pode incentivar as casas ilegais, que ainda são maioria no mercado brasileiro.

“Ainda há desafios importantes, como o combate ao mercado clandestino, mas o nosso modelo e leis começam a construir confiança, estimular a inovação e a atrair investimentos sustentáveis e de longo prazo.” afirma o CEO da BETMGM, Almir Ribeiro.

Além da regulamentação, o dinamismo do público brasileiro também tem papel central no crescimento. O país reúne milhões de usuários conectados, adeptos de novas tecnologias e de métodos de pagamento digitais, o que torna o ambiente ideal para a expansão das apostas esportivas.

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“A regulamentação é extremamente benéfica para o usuário, que hoje aposta em um ecossistema mais protegido, confiável e responsável. Essa mesma segurança estimula novos investimentos e permite que as empresas contribuam ainda mais para o desenvolvimento do setor, sempre com foco em responsabilidade e proximidade com o esporte e o entretenimento”, disse CEO da Superbet no Brasil, Alex Fonseca.

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