Boeing tenta conter desgaste após novos atrasos do 777X, maior bimotor do mundo

há 1 semana 7
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DUBAI (Reuters) – A Boeing planeja traçar o caminho para a certificação de seu programa de mini-jumbo 777x, muito atrasado, em contatos com as companhias aéreas no Dubai Airshow desta semana, em vez de usar o evento para maximizar anúncios de novos pedidos, disse um executivo de alto nível no domingo.

No mês passado, a Boeing anunciou um novo atraso e assumiu um encargo de US$4,9 bilhões por seu maior avião bimotor, empurrando as entregas para 2027, sete anos depois do planejado originalmente.

“Sempre queremos lutar, competir e vencer, mas para mim não se trata de pedidos nos próximos dois ou três dias”, disse Stephanie Pope, presidente-executivo da Boeing Commercial Airplanes, antes da exposição de 17 a 21 de novembro.

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“Trata-se de engajamento… e transparência com nossos clientes, destacando o progresso… e quaisquer problemas ou preocupações que eles tenham”, acrescentou Pope.

Pope falava depois que o chefe da transportadora anfitriã Emirates, que é o maior cliente do jato, disse à Aviation Week ter ficado “chateado” ao saber dos planos para o anúncio público dos atrasos pela mídia.

Questionada sobre os comentários em um briefing antes da apresentação, Pope evitou comentar diretamente sobre as discussões com a Emirates, mas disse que o objetivo era ser o mais transparente possível com as companhias aéreas.

Ela confirmou um relatório da Air Current de que a Boeing obteve aprovação regulatória para prosseguir para a próxima e mais importante fase de testes de certificação do 777X.

A Boeing tem buscado restabelecer suas relações com funcionários, clientes e fornecedores depois de uma crise corporativa de mais de cinco anos que interrompeu a produção e a deixou profundamente endividada.

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Analistas afirmam que a empresa deu a volta por cima sob o comando do presidente-executivo Kelly Ortberg, mas ainda tem um longo caminho a percorrer antes de retomar a atividade normal.

Pope disse que a Boeing está trabalhando arduamente para ser mais transparente, não apenas com as companhias aéreas, mas também com seus milhares de fornecedores.

A demanda por aviões a jato continua forte, disse ela aos repórteres.

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A Boeing lidera a corrida de pedidos deste ano contra a Airbus depois de uma onda de pedidos programada para coincidir com uma visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Golfo em maio, o que levou analistas a preverem um Dubai Airshow mais calmo do que o normal.

A empresa deve anunciar um pedido da flydubai no evento, embora se espere que a Airbus conquiste parte do negócio da companhia aérea, anteriormente exclusiva da Boeing, após as negociações que antecederam a feira, segundo fontes do setor.

O presidente-executivo da companhia aérea disse à Reuters no ano passado que seu próximo pedido seria um recorde, depois de ter comprado 175 aviões da Boeing em 2017.

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