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O Bitcoin apagou os ganhos de 2025 e voltou a operar abaixo do nível de fechamento do ano anterior, em meio à fuga de capital, menor apetite global por risco e liquidações de posições alavancadas. Após atingir a máxima histórica em outubro, a criptomoeda iniciou uma forte reversão, pressionada pelo esfriamento do entusiasmo político pró-cripto, pela fraqueza das big techs e por comentários de Donald Trump que ampliaram a aversão ao risco. O movimento se aprofundou com a retirada silenciosa de investidores institucionais — que haviam aportado mais de US$ 25 bilhões via ETFs — corroendo um dos pilares que sustentaram o rali deste ano.
A retração também atingiu empresas expostas ao ecossistema cripto, como a Strategy Inc., cujo valor de mercado já se aproxima do equivalente ao seu próprio estoque de Bitcoin, sinalizando perda de prêmio em estratégias corporativas alavancadas. O sentimento geral indica que o mercado entrou em uma fase mais profunda de realização. Nesse ambiente mais adverso, o Bitcoin intensificou a correção nas últimas semanas, perdeu a região dos US$ 100.000, recua mais de 16% em novembro e já virou para o negativo no ano — um movimento que exige monitoramento atento à medida que o preço se aproxima de faixas técnicas sensíveis.
Para entender até onde o preço do Bitcoin (BTC) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica Bitcoin (BTC)
No curto prazo, observo que o Bitcoin rompeu o suporte da lateralização e passou a negociar dentro de um movimento claramente baixista, sobretudo após perder a região dos US$ 100.000. Mesmo após renovar a máxima histórica nos US$ 126.199, o ativo formou um fluxo de baixa contínuo, que permanece ativo neste mês. A queda superior a 16% em novembro e a virada para o negativo em 2025 reforçam a mudança de comportamento no curtíssimo prazo.
O rompimento do suporte da congestão diária abre espaço para continuação da correção. Para retomar força compradora, o ativo precisará superar inicialmente a faixa dos US$ 96.846/US$ 99.700. Acima desses níveis, os primeiros alvos relevantes passam a ser US$ 106.011/US$ 111.592, com projeções mais longas em US$ 116.400 e US$ 117.900.
Caso o movimento vendedor siga predominante, os primeiros pontos sensíveis aparecem entre US$ 91.220/US$ 88.765. A perda desse intervalo pode acelerar o movimento em direção a suportes mais profundos na região de US$ 83.110/US$ 80.734, com extensões possíveis para US$ 70.500 e US$ 68.775 — pontos que, se testados, podem atrair fluxo comprador mais intenso, dependendo do contexto macro do mercado.
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Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo PazConfira mais análises:
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Análise de médio prazo
No médio prazo, o gráfico semanal mostra um cenário ainda mais claro de enfraquecimento. Após um período de lateralização próximo da máxima histórica, o Bitcoin renovou o topo em US$ 126.199 e, a partir dali, iniciou um movimento de baixa que vem se intensificando. Já são três semanas consecutivas de queda, e esta semana também começou no negativo, com o preço negociando próximo da região dos US$ 90.000. A perda dos US$ 100.000 reforça uma deterioração importante da estrutura de alta.
Para que o ativo volte a construir um movimento altista sustentável no médio prazo, será necessário observar entrada consistente de volume comprador. As primeiras regiões que precisam ser reconquistadas estão entre US$ 96.043/US$ 100.000, com alvos posteriores em US$ 106.011/US$ 116.400 e, no cenário mais positivo, uma busca novamente pela máxima histórica em US$ 126.199.
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Se o fluxo vendedor seguir dominante, o ativo pode intensificar a correção ao romper os níveis de US$ 88.765/US$ 83.110. Abaixo desses pontos, os principais suportes do semanal aparecem entre US$ 74.508/US$ 68.775, com projeções mais longas para US$ 58.945/US$ 52.550, níveis que representariam uma correção mais profunda do ciclo de alta anterior.
Fonte: TradingView. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo PazSuportes e resistências
Bitcoin (BTC/USD)
Com base na região atual de negociação, o Bitcoin conta com:
Suportes de curto prazo em US$ 91.220 (1), US$ 88.765 (2) e US$ 83.110 (3);
Resistências de curto prazo em US$ 96.846 (1), US$ 99.700 (2) e US$ 106.011 (3).
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Suportes de médio prazo em US$ 88.765 (1), US$ 83.110 (2) e US$ 74.508 (3);
Resistências de médio prazo em US$ 96.043 (1), US$ 100.000 (2) e US$ 116.400 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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