Barco à vela vai do RJ a Belém para monitorar oceano em "esquenta" para COP30

há 1 semana 7
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Em uma expedição à vela com duração de 40 dias, biólogos, oceanógrafos e outros cientistas irão coletar amostras de eDNA da biodiversidade marinha brasileira, considerada uma das mais ricas do planeta.

A jornada – com partida no Rio de Janeiro e destino à Belém do Pará – faz parte de projetos de mapeamento e monitoramento de biodiversidade focados em estratégias de conservação, além de acompanhar iniciativas sustentáveis em preparação para a COP30.

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O projeto é fruto de uma parceria das empresas Ocean Pact e NatureMetrics com a ONG brasileira Instituto Mar Urbano, e visa contribuir na geração de dados relevantes para tomadas de decisões de empresas e governos em busca de proteger ecossistemas marinhos.

Jornada costeira e sustentável

A bordo do veleiro Endurance, os cientistas partem nesta quarta-feira (15) da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, rumo à Reserva de Arraial do Cabo, onde se iniciarão avaliações de recursos naturais da região, conhecida por seu caráter extrativista.

A viagem seguirá para a Ilha de Fernando de Noronha para o estudo de espécies invasoras, terminando no Pará, área com forte atividade pesqueira e onde se encontra o maior manguezal contínuo do Brasil.

 Divulgação/OceanPact, IMU Seguindo a linha de iniciativas sustentáveis, viajar de veleiro permite o acesso a lugares distantes e remotos sem a necessidade de combustível — Foto: Divulgação/OceanPact, IMU

Coletar dados da biodiversidade marinha brasileira e mapear o atual estado de conservação de espécies na costa faz parte dos objetivos sustentáveis estipulados pela OceanPact, segundo comunicado. O caminho para alcançá-los será através da obtenção de amostras de eDNA: material genético deixado por organismos no ambiente que permite identificar espécies de forma precisa e pouco invasiva.

“Agora, com o eDNA, podemos ir além e revelar formas de vida que sempre estiveram ali, mas que permaneciam invisíveis. Essa tecnologia nos permite enxergar o que antes era impossível e entender como os ecossistemas estão realmente respondendo aos nossos esforços de conservação”, explica Ricardo Gomes, presidente do Instituto Mar Urbano.

 Divulgação/OceanPact, IMU A biodiversidade marinha brasileira pode ser considerada única: das sete espécies de tartarugas marinhas do planeta, cinco delas frequentam a costa do nosso país — Foto: Divulgação/OceanPact, IMU

Conhecimento para conservação

“O futuro dos oceanos depende de decisões em conhecimento profundo (...) alinhado às demandas globais por biodiversidade e sustentabilidade. Tudo isso no momento em que o mundo volta seu olhar para o Brasil, com a realização da COP30”, afirma Flávio Andrade, CEO da OceanPact.

A ideia é que os dados obtidos na expedição sejam posteriormente compartilhados com ONGs locais e comunidades costeiras na busca de fortalecer ações de conservação. Da mesma forma, o acesso dessas informações por parte de empresas e indústrias oferecerá meios de operação sustentável em uma das regiões com maior biodiversidade do mundo.

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