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O Camisa Verde e Branco anunciou, na sexta-feira (26), o samba-enredo que levará para o Sambódromo do Anhembi no Carnaval de 2026. A escola da Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo, conseguiu superar os problemas judiciais envolvendo seu processo eleitoral e cumpriu o prazo da Liga-SP (Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo) para o envio da obra.
O samba-enredo foi encomendado aos compositores Silas Augusto, Claudio Russo, Rafa do Cavaco, Turko, Zé Paulo Sierra, Fábio Souza, Luis Jorge, Dr. Elio, Charles Silva e Bruno Giannelli.
Até segunda-feira (22), a agremiação estava sob gestão interina aguardando uma eleição que acabou sendo cancelada pela Justiça de São Paulo. Na mesma data, o Camisa tornou público seu enredo para o Carnaval de 2026.
Enredo para 2026
O Trevo apresentará o enredo "Abre Caminhos", que será desenvolvido pelo carnavalesco Guilherme Estevão e pelos enredistas Clark Mangabeira e Victor Marques. Estevão é oriundo do Carnaval do Rio de Janeiro, e coleciona passagens por escolas como Mangueira, Império da Tijuca e União do Parque Acari.
"Nosso trevo falará sobre os caminhos de energia de Exu, abordando as formas de manifestação da força do orixá, a construção de seus cultos e assentamento de fé no Brasil, homenageando, também, o povo de rua, guardião dos caminhos, ampliando e desmistificando o olhar em relação às entidades e a proximidade com o povo, além da sua pluralidade e os elos de sabedoria, empoderamento e condução das lutas e bandeiras sociais do povo brasileiro por dignidade, além dos vínculos e ancestralidade plantada no próprio Camisa Verde e Branco", diz o texto divulgado pela agremiação em suas redes sociais.
Disputa judicial
A demora do anúncio se deu por conta de uma disputa judicial que se arrastava desde o último Carnaval. As chapas de oposição e situação não conseguiram chegar a um acordo sobre como realizar as eleições presidenciais do Camisa Verde e Branco e o caso foi parar na Justiça.
Na segunda-feira (22), a página oficial da agremiação no Instagram publicou um trecho de uma decisão da juíza Tamara Hochgreb Matos, da 24ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, que determina que Érica Regina Ferro volte à presidência da escola até o final do julgamento. Até então, a escola estava sob administração de uma diretoria interina.
Por conta do imbróglio, o Camisa não mandou representantes para a definição da ordem dos desfiles do Carnaval de 2026, acabou ficando com a posição que sobrou e será a última escola a desfilar no sábado de Carnaval (14 de fevereiro).