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Distribuição dos medicamentos estão suspensas. | Freepik
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição temporária de dois medicamentos fabricados no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e tem caráter preventivo. Segundo o órgão, a decisão foi tomada para proteger a saúde da população enquanto são conduzidas análises complementares que vão confirmar ou descartar riscos sanitários nos lotes afetados.
Os produtos em questão são o antibiótico Vancotrat 500 mg, produzido pela União Química Farmacêutica Nacional S/A, e o anestésico cloridrato de lidocaína – 20 mg/ml, fabricado pela Hypofarma, Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda. A suspensão foi motivada por problemas distintos. No caso do antibiótico, foi detectada uma alteração de cor na solução após a diluição. Já o anestésico teve um lote interditado após a suposta presença de um inseto em uma de suas ampolas.
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Inseto em ampola leva à interdição de anestésico
A interdição do cloridrato de lidocaína – 20 mg/ml, de uso hospitalar, atingiu o lote nº 25010360, com validade até janeiro de 2027. De acordo com a Anvisa, a decisão foi motivada por uma denúncia sobre a presença de um inseto em uma das ampolas do medicamento. Após o recebimento da notificação, o lote foi imediatamente suspenso como medida de precaução, até que as investigações sobre o caso sejam concluídas.
A fabricante Hypofarma se manifestou sobre o episódio e afirmou que, após ser informada da denúncia, realizou análises técnicas detalhadas, mas “não encontrou qualquer indício de contaminação”. A empresa ainda ressaltou que encaminhou todas as respostas e documentos oficiais à Anvisa logo após tomar conhecimento da ocorrência. Segundo a farmacêutica, o próprio cliente que fez a denúncia se retratou posteriormente, reconhecendo que pode ter havido um equívoco.
Antibiótico apresentou coloração anormal
No caso do Vancotrat 500 mg, antibiótico indicado no tratamento de infecções como pneumonia, o problema foi identificado no lote nº 2518163, com validade até abril de 2027. O medicamento foi interditado após a solução, quando diluída, apresentar uma coloração alaranjada, diferente da tonalidade esperada e descrita na bula. A alteração levou à suspensão imediata do lote, conforme protocolo sanitário.
A fabricante União Química afirmou, por meio de nota, que está cumprindo integralmente a determinação da Anvisa. Informou ainda que iniciou internamente ações de investigação e reforço no controle de qualidade, com o objetivo de apresentar os dados técnicos necessários para comprovar a segurança do medicamento. Caso os testes confirmem a conformidade do produto, a empresa pretende solicitar à Anvisa a desinterdição do lote afetado.
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Medicamentos não podem ser usados nem distribuídos
Durante o período de interdição, os medicamentos em questão não devem ser utilizados, comercializados ou distribuídos. A Anvisa orienta que profissionais de saúde e pacientes suspendam imediatamente o uso dos produtos e comuniquem qualquer efeito adverso ou ocorrência à Vigilância Sanitária local ou à própria agência, por meio dos canais oficiais disponíveis em seu portal.
A interdição cautelar é uma medida prevista na legislação sanitária brasileira e pode ser adotada sempre que houver suspeita de irregularidade ou risco potencial à saúde. Essa ação não representa, necessariamente, o recolhimento definitivo dos produtos, mas impede a circulação deles até que todas as análises técnicas e investigações sejam concluídas.
As amostras dos dois medicamentos foram encaminhadas para análise laboratorial. A liberação ou o recolhimento definitivo dos lotes dependerá do resultado desses exames. Até lá, os produtos permanecem proibidos em todo o território nacional. A agência segue monitorando os casos e deve divulgar novas atualizações assim que os testes forem concluídos.
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