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A Ambipar (AMBP3) recebeu do acionista controlador Tércio Borlenghi Junior informando sobre a redução de sua participação. (Imagem: Divulgação)
Em meio à crise, a Ambipar (AMBP3) recebeu uma carta do acionista controlador Tércio Borlenghi Junior informando sobre a redução de sua participação no capital social total e votante da companhia, de 73,48% para 67,68%, mostra fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta-feira (10).
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O documento aponta a transferência ao Bradesco de 72.233.230 ações ordinárias de sua titularidade, das quais 15.896.900 ações foram vendidas entre 30 de setembro e 06 de outubro de 2025. Além disso, evidencia a venda pela Genial Investimentos/Grupo Opportunity de 24.550.000 ações ordinárias entre 02 e 06 de outubro de 2025.
O controlador alega que a redução de sua participação na Ambipar ocorre de maneira ilegal por meio de uma venda forçada de suas ações por credores, no que aponta como violação de ordem judicial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
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Segundo o fato relevante, datado de 25 de setembro, a medida cautelar obtida pela Ambipar tem entre os objetivos determinar liminarmente a suspensão:
- Dos efeitos de toda e qualquer cláusula contratual que imponha o vencimento antecipado das dívidas do Grupo Ambipar e partes relacionadas;
- Da exigibilidade de todas as obrigações relacionadas aos respectivos instrumentos contratuais.
“A alienação irregular de ações da companhia, em curto espaço de tempo e em violação à decisão judicial, resultou em perda estimada de valor de mercado de aproximadamente R$ 20 bilhões”, diz a carta.
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Borlenghi afirma que estão sendo adotadas todas as medidas legais cabíveis para reversão da situação e responsabilização dos envolvidos.
A crise na Ambipar
No último dia 22, os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional pouco antes da empresa ter anunciado, via fato relevante, a sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.
Do outro lado do balcão, o Deutsche Bank não assistiu a tudo isso parado. A instituição exigiu um aditivo de US$ 35 milhões, provocando um efeito em cadeia que poderia acelerar obrigações financeiras em até R$ 10 bilhões.
Segundo a revista Veja, o contrato com o banco alemão previa a cobrança do aditivo em caso de desvalorização dos bonds no mercado internacional.
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Sem alternativas, a Ambipar recorreu à proteção judicial, alegando que o banco exige garantias muito além dos termos contratuais.
No radar da empresa está uma possível recuperação judicial para a próxima semana. De acordo com a Bloomberg, a companhia deve entrar com um pedido na Justiça do Rio de Janeiro.
Desde o pedido de proteção contra credores, o mercado especula sobre uma possível RJ, embora uma fonte a par dos assuntos consultada pelo Money Times tenha tido que a intenção era evitar o processo.
Ao fim do segundo trimestre, o endividamento líquido da Ambipar era de quase R$ 6 bilhões, com projeção de dívida líquida/Ebitda de 3,2 vezes para 2025, segundo cálculos do UBS BB.
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