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Em 22 de maio de 2010, um dos primeiros usuários de criptomoedas comprou duas pizzas usando Bitcoin (BTC). Desde então, o dia é marcado como o Bitcoin Pizza Day, em comemoração à primeira vez que alguém relatou ter usado a moeda digital para comprar algo físico. De lá para cá, o Bitcoin e outras criptomoedas cresceram muito em valor de mercado e adesão, mas sempre compradas como ativos de investimento.
Agora, uma exchange brasileira quer mudar essa realidade e permitir que as criptos sejam usadas nas finanças do dia a dia. A OnilX desenvolveu o Crypto Card, que permite que qualquer um pague uma pizza – ou qualquer outro item – com suas criptomoedas.
Ao passar o cartão na maquininha, o sistema faz a conversão automática das moedas digitais em reais. Para o lojista, nada muda: ele segue recebendo em reais, no prazo combinado com a empresa de meio de pagamento.
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Do lado do investidor, o valor pode ser debitado de sua conta na hora ou compor uma fatura que será paga posteriormente, mas o valor da transação considera a cotação no momento da compra. Não há cobrança de taxas.
“Ter uma empresa 100% brasileira lançando essa solução, ligada à Mastercard e a um banco gera credibilidade para usuários começarem a ter boas experiências com criptos, já que muitos tiveram experiências ruins”, diz Fábio Lino, CEO da OnilX, em entrevista ao InfoMoney.
Por enquanto, o cartão converte apenas saldos em USDT, stablecoin atrelada ao dólar americano. A exchange também fará a conversão automática de Bitcoin, Ethereum e USDC no futuro.
Solução nova, ideia antiga
Esta é a primeira solução do gênero no Brasil, segundo a empresa. “Tínhamos essa ideia há dois anos, mas o problema era a comunicação entre bandeira de cartão, banco e corretora”, afirma Lino, que conta que a empresa contratou um novo CTO no fim do ano passado, o que ajudou a destravar o produto. “Foi um desafio muito grande, formatamos o produto nos últimos meses de 2024, em abril deste ano, o desenho estava pronto e começamos a colocar em prática”.
Essa prática começou com o lançamento do Crypto Card apenas para funcionários do grupo. Na próxima segunda-feira, 27, o produto ganha nova escala com o lançamento para 20 mil clientes. A expectativa é que o cartão seja disponibilizado para o público geral entre janeiro e fevereiro do próximo ano.
“Queremos garantir uma boa experiência, não tivemos nenhum problema e não queremos ter porque tem clientes assustados com criptomoedas que não voltam (caso tenham problemas)”, di Lino.
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O CEO destaca a preocupação com a segurança das transações: “se o cliente comprou US$ 100 em USDT, ele realmente terá esse saldo em sua conta; para fazer o cartão, montamos uma conta-tesouraria de USDT que vamos abastecendo conforme o pessoal vai usando, não é um índice gerado”.
Depois do lançamento para o público geral, o próximo passo será a disponibilização de maquininhas da OnilX para lojistas que queiram receber pagamentos em criptomoedas. “Já temos 200 máquinas em teste, se o lojista quiser receber 20% em Bitcoin, 30% em USDT e 50% em real, ele vai conseguir”.

há 13 horas
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