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A Alloha Fibra registrou prejuízo líquido de R$ 63 milhões no terceiro trimestre de 2025, ante lucro de R$ 27,6 milhões um ano antes. A receita líquida totalizou R$ 426 milhões, praticamente estável na comparação anual (+0,3%). O EBITDA caiu 37,7%, para R$ 124,5 milhões, com margem de 29,2%.
De acordo com o relatório trimestral, os resultados refletem despesas não recorrentes de R$ 65,7 milhões, ligadas a ajustes contábeis e operacionais sem efeito caixa. Mesmo assim, a empresa informou ter alcançado a maior geração de caixa de sua história.
“Apresentamos a maior geração de caixa de toda nossa história. Este desempenho nos possibilitou honrar os investimentos, o serviço da dívida e manter posição de liquidez confortável”, destacou a administração no documento.
Segundo o CFO, Felipe Matsunaga, falou ao Tele.Síntese, os ajustes contábeis feitos no trimestre foram únicos, não recorrentes. Ou seja, não vão se repetir no próximo trimestre.
Ajustes e efeito contábil
As despesas extraordinárias incluíram R$ 12,2 milhões em transformação organizacional, R$ 17,9 milhões em provisões de recebíveis B2B sem expectativa de recuperação, R$ 7,9 milhões de adesão a parcelamentos tributários, R$ 21,8 milhões de ajustes em contingências cíveis e trabalhistas e R$ 5,9 milhões em outras provisões.
Com a exclusão desses efeitos, o EBITDA ajustado alcançou R$ 190,3 milhões, com margem de 44,7%.
“Os ajustes foram frutos de uma revisão profunda de processos em sintonia com a implementação de uma gestão matricial de custos e orçamento base zero”, diz o executivo.
Estratégia: foco em eficiência e “back to basics”
Roger Solé Rafols, CEO da Giga+ Fibra (Divulgação/2025)O CEO Roger Solé Rafols afirmou a este noticiário que a companhia vive uma nova fase de eficiência operacional e sustentabilidade financeira.
“Vamos focar em ser mais eficientes e escaláveis, aprimorar a qualidade da rede e maximizar os indicadores operacionais”, disse. Isso implica, inclusive, limpeza de base. No trimestre, a Alloha cancelou 50 mil contratos de clientes que estavam suspensos por inadimplência.
Segundo ele, o crescimento será mais seletivo, com prioridade à rentabilidade e redução de churn. A Alloha Fibra passou por reorganização executiva em agosto, com a chegada de novos vice-presidentes e foco na integração de pessoas, processos e sistemas. A companhia mantém registro de capital aberto na CVM, mas não pretende realizar IPO no curto prazo, concentrando-se em governança e acesso a crédito estruturado.
Rafols diz que é pouco provável que a empresa retome aquisições no curto prazo. Segundo ele, o grupo analisa a situação da Oi Soluções, mas por enquanto prefere prospectar clientes que são ou eram atendidos pela companhia, do que fazer uma oferta pela carteira.

há 2 semanas
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