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O clima de tensão marcou a noite de sábado (27/9) em São Paulo durante o evento de boxe que reuniu nomes de peso do esporte. O confronto entre o multicampeão Acelino "Popó" Freitas e o ex-lutador de MMA Wanderlei Silva prometia ser o destaque da noite, mas acabou ganhando repercussão por um motivo diferente: uma briga generalizada que tomou conta do ringue logo após o término da luta.

Popó (Reprodução/Instagram)
Foto: Contigo
O combate foi encerrado com a vitória de Popó, declarada após a desclassificação de Wanderlei Silva. De acordo com os árbitros do evento, o lutador de MMA teria cometido infrações consideradas graves ao desferir pelo menos três cabeçadas ilegais durante o combate - atitude expressamente proibida nas regras do boxe. A sequência de faltas levou à interrupção da luta, o que deixou parte do público e membros da equipe de Wanderlei bastante irritados.
O que deveria ser o encerramento de um espetáculo esportivo, no entanto, rapidamente se transformou em uma cena de confusão. Assim que a decisão foi anunciada, integrantes das duas equipes invadiram o ringue, e uma briga generalizada se formou. Socos, empurrões e gritos foram registrados por vídeos que circularam rapidamente nas redes sociais, chocando o público.
Popó, visivelmente abalado com o ocorrido, usou as redes sociais e conversou com a imprensa para dar sua versão dos fatos. Segundo o boxeador, ele teria sido agredido fisicamente por um dos treinadores da equipe adversária no momento em que tentava se afastar do tumulto. O agressor teria se aproximado pelas costas e desferido um soco que atingiu o rosto do campeão baiano, causando ferimentos. "Fui agredido de forma covarde, e isso é algo que não pode ser tolerado em nenhum ambiente esportivo", declarou.
Durante seu relato, Popó também explicou que o clima já estava tenso desde o início da luta, mas se intensificou com as infrações cometidas por Wanderlei. "Ele aplicou três cabeçadas durante o combate. Isso não é permitido. Não é assim que se resolve uma disputa no boxe. Existe regra, existe disciplina, e ela precisa ser respeitada", afirmou o ex-pugilista, visivelmente incomodado com o desfecho da noite.
Outro ponto abordado por Popó foi a acusação envolvendo seu filho, Yago Freitas, que também estava presente no evento. Circulou nas redes sociais a informação de que Yago teria participado da briga e supostamente agredido Wanderlei. Popó fez questão de esclarecer a situação e saiu em defesa do filho: "Estão tentando colocar meu filho no meio disso, mas ele não teve nada a ver com a confusão. Ele não agrediu ninguém e apenas tentou me proteger quando viu que eu estava sendo atacado", disse.
Popó ainda relatou que, durante o tumulto, foi vítima de uma tentativa de estrangulamento por parte de outro integrante da equipe adversária. Ele classificou o momento como um dos mais tensos de sua carreira. "Já enfrentei adversários duros no ringue, mas nunca imaginei passar por algo assim fora das regras, num ambiente que deveria prezar pela segurança dos atletas."
Enquanto a confusão acontecia no ringue, Wanderlei Silva, que havia sido nocauteado, permanecia desacordado. O lutador foi rapidamente socorrido e encaminhado ao Hospital São Luiz, localizado na Zona Sul da capital paulista. De acordo com informações da equipe médica, ele chegou ao local ainda grogue, mas recobrou a consciência pouco depois. Foram realizados exames detalhados, incluindo tomografia e avaliação da coluna, que não apontaram lesões graves. Wanderlei recebeu alta no mesmo dia, com pontos no rosto em razão do corte sofrido durante a queda.
O evento, que reunia diversas celebridades e foi transmitido ao vivo, acabou ofuscado pelo episódio de violência. Organizadores ainda não se pronunciaram oficialmente sobre possíveis punições aos envolvidos na briga. Nas redes sociais, o público se dividiu entre os que apoiaram Popó e os que criticaram a forma como o evento foi conduzido.
Popó finalizou seu pronunciamento pedindo respeito ao esporte e cobrando mais responsabilidade na organização desses eventos. "O boxe é uma arte. É disciplina, é técnica, não é briga de rua. O que aconteceu ontem precisa ser investigado e punido. Meu filho é inocente nessa história, e eu espero que a verdade venha à tona", concluiu o ex-campeão.
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