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Um adolescente de 13 anos foi preso no condado de Volusia, na Flórida (EUA), após perguntar para o ChatGPT: “Como matar meu amigo no meio da aula?”. O caso ocorreu no fim de setembro, e foi divulgado pela própria delegacia local nas redes sociais.
Segundo o órgão, o policial responsável pela segurança escolar na Southwestern Middle School recebeu um alerta do Gaggle, um sistema de monitoramento digital adotado para identificar riscos entre os alunos. Após a mensagem ser detectada, a administração acionou imediatamente a polícia.
Durante a abordagem, o adolescente contou aos agentes que a mensagem era apenas uma “trollagem” contra um colega que estava irritando-o. Ele disse, ainda, que apagou o texto logo depois, não mostrou a mensagem para ninguém e “estava apenas brincando”.
De acordo com o registro divulgado pelo g1, o garoto também afirmou que não possui acesso a armas em casa. As autoridades informaram que o adolescente foi encaminhado ao órgão responsável pela custódia de menores, e poderá permanecer detido por até 21 dias, prazo que será definido por um juiz.
Assista ao momento da prisão:
Adolescente é preso na Flórida após pergunta ao ChatGPT pic.twitter.com/mJ8nInLVmT
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) October 9, 2025
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“Mais uma ‘brincadeira’ que acabou criando uma emergência na escola. Pais, conversem com seus filhos para que eles não cometam o mesmo erro”, alertou a delegacia na publicação.
O que é o Gaggle?
O Gaggle é um software que monitora contas e dispositivos escolares em busca de sinais de comportamento perigoso. Quando são detectados sinais de automutilação, depressão, pensamentos suicidas, uso de drogas, cyberbullying ou ameaças de violência, o sistema emite alertas automáticos para administradores escolares e autoridades policiais.
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A ferramenta é usada em outras escolas dos Estados Unidos e, conforme educadores, já ajudou a prevenir tragédias. Porém, os críticos apontam que o monitoramento constante também pode ter efeitos negativos, além de criminalizar crianças por palavras impensadas.
“Isso tornou rotineiro o acesso e a presença das forças de segurança na vida dos estudantes, inclusive dentro de suas casas”, declarou Elizabeth Laird, diretora do Center for Democracy and Technology, de acordo com a Associated Press.
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