Acabou”: IA consome toda a internet e empresas entram em pânico por dados

há 6 dias 4
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A inteligência artificial atingiu um marco preocupante que pode redefinir o futuro da tecnologia. Segundo o Goldman Sachs, a era dos dados abundantes chegou ao fim.

Internet esgotada: a nova realidade da IA

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“Já ficamos sem dados”, declarou Neema Raphael, diretor de dados do Goldman Sachs, em entrevista que abalou o setor tecnológico. A afirmação confirma o que especialistas temiam: toda a internet utilizável foi consumida pelos algoritmos de aprendizado de máquina.

Três anos após o lançamento do ChatGPT, as empresas de IA enfrentam o que alguns chamam de “pico de dados”. A web, que parecia um oceano infinito de informações, foi completamente mapeada e absorvida pelos modelos de linguagem.

A era dos dados sintéticos

Com a escassez de conteúdo humano original, desenvolvedores recorrem a uma solução controversa: dados sintéticos. Textos, imagens e códigos gerados por máquinas agora alimentam as próximas gerações de IA. O exemplo mais emblemático é a chinesa DeepSeek, que supostamente reduziu custos de desenvolvimento treinando seus modelos nos outputs de sistemas existentes, em vez de dados humanos frescos.

Essa estratégia oferece suprimento ilimitado, mas carrega riscos significativos. Modelos podem ser contaminados por “AI slop” – conteúdo de baixa qualidade produzido artificialmente

O tesouro corporativo inexplorado

Apesar do cenário desafiador, Raphael não vê a escassez como limitação crítica. O verdadeiro ouro está escondido nos cofres corporativos.

“Do ponto de vista empresarial, ainda há muito suco para ser extraído”, afirma o executivo. Empresas como o próprio Goldman Sachs possuem vastos reservatórios de dados proprietários: fluxos de negociação, interações com clientes e insights de mercado.

O desafio não é encontrar mais dados, mas torná-los utilizáveis. “A questão é compreender os dados, entender o contexto de negócio e normalizá-los de forma que façam sentido para a empresa”, explica Raphael.

O platô criativo à vista?

A dependência crescente de dados sintéticos levanta questões filosóficas sobre o futuro da IA. Se modelos forem treinados exclusivamente em conteúdo gerado por máquinas, quanto conhecimento humano genuíno ainda poderá ser incorporado?

Raphael especula sobre um possível “platô criativo” na evolução da inteligência artificial. A preocupação ecoa alertas anteriores de Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, que previu o fim da era de desenvolvimento acelerado da IA uma vez esgotados os dados online úteis.

O novo mercado de dados

A escassez criou oportunidades inéditas. Acordos de licenciamento de dados se tornaram commodities valiosas, e novos mercados especializados em dados de treinamento emergem rapidamente.

A transformação já influencia como novos sistemas de IA são construídos. Modelos futuros podem ser fundamentalmente diferentes dos atuais, moldados pela realidade dos recursos limitados em vez da abundância digital.

A declaração do Goldman Sachs marca um ponto de inflexão na história da inteligência artificial. A era da colheita fácil de dados terminou. Agora começa a fase da mineração inteligente de informações.

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