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Antônio Chamorro
7 de nov, 2025, 03:00
Com uma forte arrancada depois das miniférias no meio da temporada 2025, Diogo Moreira se tornou líder da Moto2, a principal categoria de entrada para a MotoGP, a duas etapas do fim do Mundial.
O piloto brasileiro assumiu a ponta com o quinto lugar na Malásia, ultrapassando o espanhol Manuel González, que caiu na prova de Sepang e deixou a liderança que mantinha desde o início da competição.
Com nove pontos de vantagem (256 a 247), Diogo pode ser campeão da Moto2 na penúltima corrida da temporada neste final de semana no Algarve, em Portugal, com cobertura exclusiva da ESPN 4 e do Disney+.
"É um ano bem emocionante para mim, acho que vivi muitos momentos bons esse ano, então estou muito contente com isso e ainda mais depois da última corrida, saindo líder da Malásia. Agora é continuar assim", disse o paulista de 21 anos em entrevista exclusiva.
"Faltam duas corridas ainda para acabar, e temos que continuar nessa mesma linha que estamos fazendo nessas últimas corridas para tentar levar o Mundial para casa, acho que é o principal objetivo. E acho que com essa linha de trabalho que a gente está fazendo, vai dar tudo certo, com certeza".
Nas oito provas desde a retomada da temporada, o piloto número 10 emplacou cinco pódios, sendo duas vitórias (Áustria e Indonésia). Para Diogo, essa arrancada "entrou" na cabeça de Manu González.
"Acho que pressão sempre tem, é difícil lidar com essa pressão de você estar em primeiro e o que está atrás de você vir recuperando pontos. É difícil manter a cabeça no lugar certo", analisou.
"Então, com certeza, eu acho que ele tentou guardar mais, tentar não falhar, e acho que se você começar a pensar nessas coisas, é aí que vem o erro. Então, acho que temos que continuar nesse mesmo ritmo que estamos fazendo e continuar com essa mesma tranquilidade".
Na entrevista, Diogo Moreira citou muito a "linha de trabalho" adotada desde o meio deste ano. Afinal, na primeira parte da temporada, as quedas comprometeram as pretensões de título.
"Comecei muito bem o campeonato, fiz corridas muito boas, e a questão é que eu caía muito e tinha muita falha nas corridas. Então isso fez com que eu não tivesse a constância de estar ali na frente com eles. Mas acho que depois da parada no meio do ano fiz uma pausa, descansei, descansei a mente também, acho que isso foi o principal motivo dessa minha troca de mentalidade", contou.
"E com certeza, depois do meio do ano, comecei a ter mais constância nas corridas e acho que fez com que eu tivesse mantido essa linha até o final do campeonato agora".
Diogo Moreira quer deixar uma boa impressão na despedida da Moto2: afinal, em 2026, ele estará na MotoGP pela equipe LCR Honda, encerrando um longo período sem um piloto brasileiro na categoria - desde Alex Barros em 2007.
Ele deu alguns detalhes sobre a negociação e a escolha pela montadora japonesa.
"Eu escolhi a Honda principalmente porque é uma fábrica muito grande, tem muita história dentro dela. Então, acho que o principal motivo foi isso. E desde a primeira conversa que eu tive com a Honda, eu me senti em casa já, então acho que foi muito legal isso", disse.
"Para fazer um contrato assim na MotoGP demora, demora tempo, são semanas, meses que você vai negociando, até que as duas partes fiquem de acordo. Até o dia em que eu assinei, eu não estava tranquilo".
"Quando eu assinei, depois daí eu fiquei mais tranquilo, fiquei mais relaxado, e aí começou a minha evolução também na Moto2 depois dessa assinatura do contrato", revela.

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